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Monday, December 6, 2010

Fui!


As oportunidades no campo da fotografia erótica não foram deixados ao acaso pelos nossos ancestrais, começaram a serem produzidas imagens de nus ou semi nus das mulheres quase simultâneamente com a invenção da máquina fotográfica. O povo não perde tempo meeesmooo!!! Estas produções contudo foram fortemente contestadas pelas autoridades da época, lógico, e na maioria das vezes confinadas à criações caseiras (que circulavam através de fotografias originais, impressas uma a uma e não foram reproduzidas em livros e revistas com impressões baratas como as de hoje), a difusão era ilegal e eram produzidas e vendidas em bordéis, cabarets, zonas, puteiros, casa da luz vermelha e etc e "tais" no qual também foi utilizado para facilitar a vida do cliente, mais ou menos como um "catálogo" de escorts dos dias atuais! Ainda mais rara e ainda mais perseguida era a produção erótica do nu masculino que tinha um mercado quase exclusivamente homossexual em um mundo onde a homossexualidade era por si só um crime em muitos países ocidentais. Por esta razão as fotos eróticas de homens nus eram obrigadas a ter um aspecto "mais aceitável" para a sociedade da época. A arte era obviamente a principal justificativa que permitiu uma produção limitada (e de qualquer modo perseguida) da nudez erótica masculina a preços altíssimos, portanto, reservada a uma elite poderosa. Quando a fotografia começou a ser aceita completamente como uma arte em si foi relativamente tarde, lá para os meados do século XX. Afff Maria, que peccato!!!!
Outra desculpa que o povaréu arrumou era a fotografia "antropológica" com pessoas vistas como "não civis" e residentes em áreas onde a nudez era comum por conta do clima. Com aquele calor de matar ficar com a área de lazer de fora, ôôôôô beleuza, era tão normal quanto andar a pé! Estas produções também tocaram países menos distantes como a Itália e especialmente os países do Norte da África.
A fotografia esportiva foi outro campo em que era lícito ver a rapaziada peladona, fator lógico para mostrar a beleza de um nu ou metade do corpo nu do sexo masculino, embora o seu uso para atender a demanda do mercado de nudez masculina foi um fenômeno que se desenvolveu somente depois da segunda guerra mundial, especialmente nos EUA.
Quando estive na Sicília pela primeira vez mais precisamente em Taormina, "conheci" o mestre Wilhelm von Gloeden (1856-1931), aristocrata alemão que chegou na Sicília com problemas de saúde e que transformou seu hobby de fotografar em profissão depois que ficou pobrinho, pobrinho. Produziu imagens durante 3 décadas de meninos na Sicília disfarçados de pastores neoclássicos. Êeeeta nóis!Gloeden soube literalmente inventar um mundo de fantasia totalmente seu em que o nu foi "neutralizado" pela carga explicitamente erótica e fez ser aceitável para a mentalidade do tempo através da referência a um ideal clássico, separada da realidade. A natureza homossexual de suas produções de homens nus era clara para seus clientes, mas o álibi se revelou suficiente para permitir a Gloeden de trabalhar sem ser incomodado por toda vida. Nos últimos anos de sua vida, no entanto, o tipo de adolescente amado por ele saiu de moda e passou a ser um gosto mais masculino, adulto, muscular e espadaudo.Na fotografia de Gloeden e seus contemporâneos a nudez finalmente se libertou da pretensão de ser uma ajuda para a pintura, e se tornou a razão de ser da imagem.
Tudo isso que escrevi e pesquisei tinha como idéia inical falar do meu amado David LaChapelle, mas ai fui viajando na mayo e fui... Fuindo, fuindo e fuindo! Falo dele no próximo post!

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