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Tuesday, August 17, 2010

Corpo fluido, corpo mutante.



Sempre mais indiferente às leis naturais, o corpo humano pode hoje se modificar a seu próprio prazer(se vê de tudo por aí), graças ao emprego de várias técnicas. A possibilidade de variações do corpo é uma realidade, em perfeita coerência com as características da sociedade postmoderna: um corpo sem uma identidade fixa, sem fronteiras, que estabelece com o esterno um fluxo ininterrupto de troca. São águas do passado a visão narcisista típica dos anos 80: o corpo como núcleo constante e distante do mundo externo, sujeitado à tirania do "look", uma estratégia que consente modificar somente superficialmente o aspécto exterior para assumir, ao longo do tempo uma identidade adequada ao contesto social.
Hoje a moda não pode mais contar com este ponto parado: está no ar uma espécie de rebelião do corpo gente, que recusa de ser rígido em modelos pre definidos e que reivindica a liberdade de modificar se ao seu próprio praser.
Achei muito interessante um artigo que li por aqui do sociólogo e massmediologo Grandi que tentou  subdividir o "consumidor" de alterações corporaes permanentes em 4 categorias.
1. O fashion victim da cirurgia estética, que reivindica a beleza vinculada a mídia, e modifica algumas parte do corpo para adequar a este.
2. O postmodern, aquele que eliminam da pele os sinais do tempo que passa, para se adequar a um conceito subjetivo da idade.
3. O depresso postmodern, que recorre à cirurgia plástica para superar uma situação de forte desconforto psicológico atribuido a alguma imperfeição física.
4. O subcultural, que faz uso da decoração no corpo, práticas artisticas que modificam temporâneamente e que se transformam em definitivas e que reafirmam o corpo como objeto sensorial, capaz de comunicar.

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